Pilotos de avião e comissários mantêm greve dos aeronautas até que cheguem a um acordo com as empresas aéreas. A paralisação teve início nesta segunda-feira (19), e seguirá pelos próximos dias das 6h às 8h nos aeroportos localizados em Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
A greve, aprovada por pilotos e comissários de voo no dia 15 de dezembro, ocorre porque alguns pleitos dos aeronautas não foram atendidos em negociações com as companhias aéreas. As reivindicações são reajuste real dos salários dos pilotos e comissários, definição dos horários de início das folgas e que elas não sejam alteradas. Cobram ainda o cumprimento dos limites que já existem sobre o tempo em solo entre cada voo.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas(SNA),Henrique Hacklaender, os tripulantes têm um pedido justo e razoável de salário e valorização de descansos e folgas. “Hoje foi o primeiro dia do movimento, ele tem que continuar. Esse é só o primeiro de muitos. Até que a gente encontre uma solução. As empresas, elas precisam alterar a sua forma de tratar os seus tripulantes. Não adianta só voarmos cada vez mais e mais e mais, se não houver segurança no que está sendo feito”, afirma.
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Em nota, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) afirma que está monitorando o movimento nos seus terminais e, caso necessário, adotará as medidas contingenciais previstas no Plano de Segurança Aeroportuário. Ainda orienta que os passageiros procurem informações sobre seus voos, antes de se dirigirem aos aeroportos.
Até às 11 horas de hoje, foram registrados 38 atrasos e cinco cancelamentos de voos no Aeroporto de Congonhas, e 13 atrasos e 6 cancelamentos no Aeroporto Santos Dumont, entre partidas e chegadas.
Gabriel Lucena, 26, analista de comunicação, explica que foi um dos afetados pela greve. Ele estava com passagem comprada de Belo Horizonte para Brasília, às 6 horas. “Agendei meu voo para segunda de manhã para dar tempo de eu chegar ao meu trabalho. Mas com o anúncio da greve, eu não pude arriscar ter meu voo atrasado e chegar atrasado no meu trabalho, pois comecei recentemente e estou em período probatório”.
Lucena afirma que ligou diversas vezes para a companhia aérea e não obteve retorno. Por isso, optou por ir ao aeroporto e, após 45 minutos na fila, a atendente informou que a empresa não havia se posicionado quanto à greve.
Fonte: Brasil 61