Novo Coronelismo da Bancada Evangélica – Versão Atualizada

Esta semana foi amplamente divulgada, nas mídias sociais, a presença do presidente Michel Temer no culto da igreja Assembleia de Deus, em Brasília. Tratava-se do evento da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil Ministério de Madureira, convenção essa presidida pelo Bispo Primaz Manoel Ferreira que também é filiado ao PSC (Partido Socialista Cristão). Também neste fim de semana, foi notória a presença de alguns presidenciáveis no evento Marcha Pra Jesus, em São Paulo. Entre eles estavam Jair Bolsonaro e João Dória, a pergunta é inevitável: Afinal qual é a força da bancada evangélica e dos líderes das igrejas na eleição de 2018?

Há alguns anos, era demonizada em muitas denominações evangélicas a participação de seus membros na política. Porém, a partir de 1960, viu-se aí um caminho para a expansão de suas igrejas, através de alianças políticas ou lançando candidatos próprios, um facilitador para isenções fiscais para seus templos, concessões para programas de TV e emissoras de rádio. Em uma pesquisa do IBGE entre 2000 e 2010 os evangélicos no Brasil cresceram 61% e de igual modo, a bancada evangélica também cresceu em 2016 eram uma média de 90 deputados em Brasília fora os suplentes. Seria inegável que todas as religiões tivessem em Brasília um representante de sua fé, afinal é necessário que todos tenham voz, independentemente do seu credo, pois partimos do princípio que o Brasil é um Estado Laico e dessa maneira pressionar ou manipular qualquer manifestação política através da sua fé deveria ser algo no mínimo antiético. 

Deste modo, a maneira que nos chama atenção para a Bancada Evangélica é a maneira como ela se posiciona e a maneira com que alguns de seus líderes manipulam seus fiéis a votar nos seus apadrinhados políticos, nasceria então uma nova versão do Coronelismo?  No Brasil são abertas em média 14.000 igrejas por ano, quase que em sua maioria neopentecostais, que é o segmento que mais cresce. Imaginemos todos esses fiéis aderindo ao afiliado político de sua denominação cedendo à pressão de seus líderes. 

 

Perfi Oficial da Colunista Bárbara Silva

 

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